Quase dois meses após a polêmica da invasão do Gmail de dissidentes políticos chineses, o Google anunciou oficialmente o fim de suas atividades na China. Em comunicado oficial, o Google informa que manterá algumas de suas operações na China, inclusive uma equipe de pesquisa e outra de vendas.
"Ficou difícil mantermos a promessa de deixar o Google da China sem censura", lamentou David Drummond, chefe do departamento jurídico do Google. "Queremos que o máximo de pessoas do mundo tenha acesso aos nossos serviços, mas a censura é uma exigência não negociável."
A decisão do Google de encerrar as operações na China acaba com uma briga que já dura quatro anos. O governo chinês fez duras acusações ao Google através da agência de notícias oficial Xinhua, acusando a empresa americana de ser uma "ferramenta política dos Estados Unidos". O governo da China defende a censura ao Google e à internet, afirmando que o país tem suas próprias "tradições, culturas e valores veneráveis."
A decisão de encerrar as atividades do buscador na China não terá grande impacto financeiro para o Google, uma vez que o país representa apenas uma pequena fração dos US$ 23,6 bilhões anuais arrecadados epla empresa.
Apesar de ainda não ter confirmado, o governo chinês deve bloquear totalmente o acesso do Google na China, como já faz com YouTube, Facebook e Twitter.
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