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terça-feira, 29 de junho de 2010

Churrasco

(adaptado)
Um velho amigo de Anonymus Gourmet não iniciava o dia sem um bom bife com ovos. No almoço e no jantar, a dieta dele era de mais carne. E passou dos 80 anos. Morreu num acidente de automóvel. A questão é que, para nós, gaúchos, a carne vermelha e o churrasco estão no DNA. Veja o que escreveu um dos maiores escritores do Rio Grande, Athos Damasceno: “Ao passo que o Norte flutuava numa doce enseada de calda, nós aqui singrávamos num mar vermelho de sangue - sangue de boi, de ovelha e de carneiro. E não raro, até sangue de homem, tanto nos custou, em diferentes épocas, levantar uma barreira de peitos contra a cobiça dos espanhóis e suas pretensões territoriais”. Como se vê, o churrasco dominical tem raízes profundas. O gado bovino chegou ao Rio Grande do Sul no século XVII, ¾ era o chamado gado xucro ou gado chimarrão, que vivia à solta, sem cerca e sem controle, caçado pelos índios charruas, nativos da região, que se tornaram grandes mestres da arte do churrasco. O padre Antônio Seppé, que esteve por aqui naquela época, escreveu um livro, onde conta de um casal de índios que, sentindo fome, interrompeu a lavração de uma roça e devorou um dos bois de serviço, utilizando o arado, que era de pau, para principiar o fogo − um insólito churrasco de emergência. Como diria Osvaldo Aranha, esse é o Rio Grande! Para o Pedro Giorgi Junior' BLOG, Anonymus Gourmet. Voltaremos!

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